domingo, 16 de maio de 2010

MEU MUNDO CAIU ...

MEU MUNDO CAIU ...

Não; não se trata da mais uma canção de amor desfeito, como aquelas eternizadas por Dolores Duran.
O mundo que caiu não é aquele dos amores desfeitos, das paixões não correspondidas, dos amantes e seus desencontros.
Na verdade o mundo que caiu é aquele no qual nasci e fui criado.
Aquele mundo no qual boa parte da humanidade também nasceu, cresceu, constituiu família, obteve emprego e lutou para sobreviver dignamente.
É um mundo que deixou de existir.
O mundo do respeito aos valores básicos da vida pessoal e em sociedade: honestidade, fraternidade, dignidade, hombridade ...
Um mundo no qual as pessoas tinham direitos mas, também, sabiam que para realizá-los haviam deveres a serem respeitados e cumpridos.
Um mundo no qual os pais eram respeitados por serem pais, não por serem (como hoje) os “donos da bolsa e da mesada dos adolescentes”.
Um mundo no qual os filhos eram respeitados por serem os filhos, a continuidade da família e da espécie. Não, como hoje, em que só servem para gerar “bolsas família” ...
Um mundo no qual os professores eram respeitados porque se faziam respeitar, ensinando, dando de si para que seus alunos progredissem e “fossem alguém”.
Não, como hoje, em que os mestres não são respeitados porque, com raras exceções, não são mestres, são ativistas sindicais sempre contrários a qualquer iniciativa que possa melhorar seu “status” profissional e social.
Um mundo no qual os alunos respeitavam os professores e, por estes, eram respeitados por serem alunos ávidos do ensino, não, como hoje, em que não são respeitados, são temidos por medo da violência ...
Um mundo no qual as pessoas eram mais honestas, não buscavam “levar vantagem em tudo” ...
Um mundo no qual os governantes eram mais dignos, não se vendiam por qualquer 10% de comissão por fora ...
Um mundo no qual o amor, sentimento máximo da humanidade, não era banalizado, vilipendiado, distorcido ...
Que saudades daquele mundo !!!
Não sou um saudosista, nem pretendo tornar-me um “fundamentalista”, uma pessoa para qual apenas o antigo era o melhor.
Pelo contrário: os avanços da ciência, da tecnologia, da medicina (em sentido amplo) devem ser reconhecidos e elogiados (afinal, sem estes eu não estaria aqui, comunicando-me instantaneamente com o mundo).
Do que sinto falta é daquele mundo em que os homens de bem eram homens de bem; em que havia respeito pela vida do semelhante, em que não se davam direitos a quem não os fez por merecer; em que não se disfarçava a incapacidade governamental quanto à segurança pública pela “invenção” de teorias sociais mirabolantes e sem qualquer sentido ...
Gostaria de poder, novamente, sair à noite caminhando pelas ruas, vendo as vitrinas, tomando um sorvete, batendo pernas a esmo, sem medo de ser assaltado a cada passo, sem medo de não retornar para casa a cada dia de trabalho.
Onde foi parar este mundo???
Não sei.
Só sei que, no Brasil, ele não está !!!

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